Ato marca 10 anos da tragédia da Rompimento da Barragem de Fundão em Bento Rodrigues (MG) e renova cobrança por reparação - Rádio Nova FM

Hoje, o Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) participou de um ato solene em memória das vítimas do rompimento da barragem da empresa Samarco Mineração S.A., ocorrido há dez anos no distrito de Bento Rodrigues, município de Mariana (MG). MPMG

O evento ocorreu no antigo território de Bento Rodrigues — primeira comunidade atingida diretamente pela lama da barragem — e reuniu moradores atingidos, autoridades locais, lideranças comunitárias, estudantes e ativistas. MPMG

• Foi realizada uma celebração religiosa na capela de Nossa Senhora das Mercês, construção histórica que sobreviveu à tragédia. MPMG

• Em seguida, o grupo fez uma caminhada até a praça central coberta pela lama, realizou a fixação de uma cruz de cerca de 7 m de altura no local para lembrar as vítimas, e fez leitura de manifesto da comissão de atingidos. MPMG

• As falas destacaram que, embora o evento tenha sido há uma década, os impactos continuam presentes — tanto nas vidas das pessoas quanto no território. Cobrou-se agilidade na implementação dos programas de reparação previstos no novo acordo firmado há um ano. MPMG

• A tragédia da barragem de Fundão é um marco de desastre ambiental e social no Brasil, com destruição de comunidades, perdas humanas e extensão de impactos que ainda são sentidos.

• A realização dos atos hoje evidencia que a memória permanece viva e que há exigência por justiça, transparência e cumprimento dos compromissos assumidos.

• A mobilização reforça o papel de entidades como o MPMG na fiscalização dos acordos de reparação e no acompanhamento das comunidades afetadas. MPMG

O que se espera daqui pra frente:

• Que os programas previstos no novo acordo (como construção ou reforma de escolas, postos de saúde e ações de mitigação econômica) sejam efetivamente implementados, com participação ativa das comunidades atingidas.

• Que os mecanismos de controle social sejam fortalecidos, permitindo que a população acompanhe como e onde os recursos estão sendo aplicados.

• Que casos semelhantes no futuro possam ser prevenidos, aprendendo com os erros e omissões que levaram à tragédia de 2015.